É possível compreender a mente humana de forma lógica e racional? Ávidos por respostas a esse questionamento, os baianos foram ontem (24) ao Teatro Castro Alves para conferir a palestra de Steven Pinker, psicólogo experimental e congnitivo eu dos mais brilhantes lingüistas do mundo.
O tema da palestra foi “Linguagem, mente e natureza humana”, em que Pinker discorreu durante apenas uma hora de forma genial, despertando a curiosidade dos presentes, deixando-os boquiabertos com idéias nada convencionais, que nos fazem pensar: Por que não pensei nisso antes?
Pinker tem se dedicado a explicar como a mente funciona, título aliás de um dos seus livros “How the mind works”, lançado em 1996. O lingüista explicou como se dá a evolução da linguagem, através do surgimento de novos termos e o suprimento de outros. Estabelecendo um paralelo e uma série de correlações entre a linguagem e a natureza humana. A mais intrigante e interessante delas gira em torno das falas indiretas, segundo ele, um reflexo das relações de dominância e reciprocidade dos interlocutores.
De forma bem didática ele explicou a platéia que nos EUA ao invés de pedir para a pessoa passar o sal durante as refeições, é comum a seguinte expressão: “Se você passasse o sal seria maravilhoso”, ou seja a frase perde seu caráter imperativo e não transparece a dominância de quem pede. As falas indiretas abrangem situações de corrupção, quando o corruptor precisa saber se determinada pessoas está propensa a receber tal agrado ou abomina esta prática. Utilizando falas indiretas, a probabilidade de saber como se portar em situações extremas é bem maior.
Outra teoria abordada por Pinker, refere-se à compreender a complexidade do cérebro humano. É a “engenharia reversa”, ou seja, depois que sabemos qual a finalidade de algo é mais fácil de identificar como ela alcança esse fim. Parte-se do resultado para suas causas.
Steven Pinker é ex-professor do Departamento do Cérebro e Ciências Cognitivas do Massachusetts Institute of Technology. Doutor em Psicologia em Harvard, ele foi considerado pela Revista Times como uma das 100 pessoas mais influentes no mundo. Dentre os seus livros publicados, destacam-se também O Instinto da Linguagem (1994), Words and Rules: The Ingredients of Language (1999) e Tábula Rasa (2002), sua obra mais conhecida.
A palestra de Pinker abriu o ciclo de palestras “Fronteiras Braskem do Pensamento 2009” que irá trazer para Salvador no próximo semestre, o psicólogo Howard Gardner, o economista vencedor do Prêmio Nobel Eric Maskin, a psicanalista Maria Rita Kehl e o polêmico e entusiasta do novo jornalismo, Tom Wolfe.
O tema da palestra foi “Linguagem, mente e natureza humana”, em que Pinker discorreu durante apenas uma hora de forma genial, despertando a curiosidade dos presentes, deixando-os boquiabertos com idéias nada convencionais, que nos fazem pensar: Por que não pensei nisso antes?
Pinker tem se dedicado a explicar como a mente funciona, título aliás de um dos seus livros “How the mind works”, lançado em 1996. O lingüista explicou como se dá a evolução da linguagem, através do surgimento de novos termos e o suprimento de outros. Estabelecendo um paralelo e uma série de correlações entre a linguagem e a natureza humana. A mais intrigante e interessante delas gira em torno das falas indiretas, segundo ele, um reflexo das relações de dominância e reciprocidade dos interlocutores.
De forma bem didática ele explicou a platéia que nos EUA ao invés de pedir para a pessoa passar o sal durante as refeições, é comum a seguinte expressão: “Se você passasse o sal seria maravilhoso”, ou seja a frase perde seu caráter imperativo e não transparece a dominância de quem pede. As falas indiretas abrangem situações de corrupção, quando o corruptor precisa saber se determinada pessoas está propensa a receber tal agrado ou abomina esta prática. Utilizando falas indiretas, a probabilidade de saber como se portar em situações extremas é bem maior.
Outra teoria abordada por Pinker, refere-se à compreender a complexidade do cérebro humano. É a “engenharia reversa”, ou seja, depois que sabemos qual a finalidade de algo é mais fácil de identificar como ela alcança esse fim. Parte-se do resultado para suas causas.
Steven Pinker é ex-professor do Departamento do Cérebro e Ciências Cognitivas do Massachusetts Institute of Technology. Doutor em Psicologia em Harvard, ele foi considerado pela Revista Times como uma das 100 pessoas mais influentes no mundo. Dentre os seus livros publicados, destacam-se também O Instinto da Linguagem (1994), Words and Rules: The Ingredients of Language (1999) e Tábula Rasa (2002), sua obra mais conhecida.
A palestra de Pinker abriu o ciclo de palestras “Fronteiras Braskem do Pensamento 2009” que irá trazer para Salvador no próximo semestre, o psicólogo Howard Gardner, o economista vencedor do Prêmio Nobel Eric Maskin, a psicanalista Maria Rita Kehl e o polêmico e entusiasta do novo jornalismo, Tom Wolfe.
4 comentários:
otimo blog parabens
adoro o assunto deste post.. foi no Nordeste, se fosse no Sudeste eu gostaria muito de ter ido.. =/
gostei do blog!
parabéns!
Olá Caíque,
Que pena, perdi essa palestra por neste período havia me transferido para SP devido aos estudos. Espero que ainda tenha oportunidade de ir a uma palestra dele, torço muito. Uma vez li uma entrevista do Steven Pinker, numa revista de grande circulação brasileira – perdão por não me recordar o nome -, em que defendia uma tese da qual discordo completamente. Segundo o linguista, as línguas da América do Sul em 50 anos iriam formar uma nova língua resultado dos contatos entre o inglês muito influente economicamente, o espanhol falado pela maioria dos latinos e o português brasileiro por conta da influência do Brasil noutros países vizinhos. Se eu levar em conta esta ideia, devo confessar que isso já ocorre desde que Colombo chegou aqui nas Américas, e ainda hoje posso tomar as variantes linguísticas do Nordeste, Sudeste, Norte, Sul, Salvador, Minas, SP, Rio etc... já que em cada lugar há diferenças linguísticas por conta de contatos e outros fatores. Ele também dizia que neste mesmo período haveria uma nova língua por conta do espanhol entrar em contato com o inglês na América do Norte (o que é óbvio, mas isso já aconteceu faz tempo)...basta o governo de lá sancionar uma lei em que se institua, em Miami, p. e., o spaninglish. Não é exagero meu, é dele. O problema é que ao se falar de língua, as pessoas só pensam em língua oficial, a prestigiada, a do governo, da imprensa, da mídia (língua ideal) porque é a dos serviços públicos; paralelo a essa, veem-se centenas de línguas funcionando perfeitamente e muita vezes até mais eficazes.
Ah, sobre o exemplo “Se você passasse o sal seria maravilhoso”, no português brasileiro isso é muito comum (não dessa forma, a menos quando há uma pitada de ironia) e há inúmeras teses de doutorado em que se constatou que, diferente do português europeu, a língua brasileira manifesta a forma polida, cujo povo se dirige ao outro em função de uma ordem. Nesse sentido, sabe-se que faz parte da cultura linguística brasileira pedir, solicitar, sugerir, perguntar se... em lugar de ordenar, imperar, impor, etc. Não é à toa que se diz assim “Você poderia passar (ou pegar) o sal?”, às vezes seguida de “por favor”. O brasileiro não costuma a dar ordem porque, grosso modo, ele é fruto de uma herança histórico-cultural em que se estava muito mais para servir... O fenômeno linguístico aí é muito semelhante àquele apontado (segundo você) por Pinker, contudo os efeitos de sentido são diferentes, e o uso também porque cada língua revela o modo de pensar e agir de seus falantes e é resultado de sua história.
Gostei do blog, fez-me pensar!
Um abraço,
Nilson Ribeiro
Me avise no próximo evento? Valeu
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