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terça-feira, 14 de agosto de 2007

Curso de Edição de Vídeo para jovens carentes


A organização não governamental PaciênciaViva oferece a jovens da rede pública de ensino o curso de edição de vídeo denominado de “Imagem Viva”. Está é a segunda edição do projeto, que se tornou possível através de uma parceria da entidade com o Instituto Afrânio Affonso Ferreira (IAAF), que incentiva e apóia iniciativas não-formais de capacitação e educação profissional em comunidades carentes do nordeste brasileiro.
O curso tem carga horária de 780 horas, seis meses de aulas prática e teórica e três meses de estágio supervisionado em algumas produtoras de vídeo e emissoras de TV, sendo o único em toda a Bahia que oferece formação profissional. São apenas 10 alunos por turma, e,segundo o Coordenador do curso Edmilson Santos, o processo de seleção é feito através da análise do nível de interesse dos candidatos e posteriormente um aprova oral. “O objetivo principal do curso é formar jovens em edição de vídeo e inseri-los no mercado de trabalho” completa Edmilson. O aluno Gustavo Ramos, 26, diz que após o curso pretende trabalhar na área de televisão e cinema.
O “Imagem Viva” destoa dos cursos profissionalizantes oferecidos pelas entidades não-governamentais que são geralmente braçais e/ou de baixa remuneração. Edmilson informa que, após concluir o curso, os alunos são inseridos em emissoras e produtoras como aprendizes e seguindo essa carreira profissional podem ganhar muito bem, pois o mercado de vídeo na Bahia está carente de mão-de-obra. O Diretor da Paciência Viva, Cláudio Deiró, afirma que o direcionamento do curso é a televisão, pois as produtoras não pagam bem e quem deveria normatizar a profissão são os sindicatos e sua atuação é bastante tímida, acontecendo uma “prostituição” da profissão como ele afirma, proporcionado pela grande rotatividade de profissionais, nenhuma estabilidade e salário muito baixo.
Os alunos aprendem a produzir vídeos em três formatos: vídeo institucional (VT), vídeo de 1 minuto, para participação em festivais e o vídeo tradicional de 5 minutos. A turma passada produziu, sob supervisão dos professores, dois vídeos institucionais, um da Paciência Viva e outro do IAAF. William Novaes, 21, afirmou que está gostando muito do curso e após concluí-lo pretende focar o que aprendeu na produção de cinema e jornalismo.
No decorrer do “Imagem Viva”, os alunos aprendem noções de sistemas operacionais, manutenção de microcomputadores, meios de captação de imagem, produção, edição de imagem eletrônica e pós produção com a utilização de aplicativos apreendidos em sala de aula. Sérgio Valverde, 26, pretende trabalhar com edição e direção de cinema e atualmente já escreve alguns roteiros. “Estou empolgado com o curso, estou gostando bastante, estou vindo a todas as aulas, mesmo com o braço enfaixado devido a um cisto que eu vou ter que operar, mas não quero faltar as aulas de jeito nenhum”, completa.